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terça-feira, 20 de julho de 2010

Diferenças

A escola flexível e a pedagogia das diferenças.....

É preciso coragem e humildade para rever a organização pedagogia das escolas e abandonar os arranjos criados para manter as aparências de práticas que são "bem intecionadas", mas que acabam por atribuir apenas ao aluno a responsabilidade por seu fracasso.
Aprender sobre como oferecer apoio ao comportamento na escola em geral para que o ambiente de aprendizagem seja o mais favorável possível.
Não há como negar que vivemos o tempo das diferenças e que a globalização, mais do que uniformizar, tem contestado identidades fixas, essencializadas, que dão estabilidade às constituições e ao mundo social. A mistura, a hibridação, a mestiçagem provocam e questionam essas fixações, constituindo uma força transgressora que pode mudar o jogo.
Identidades estáveis, acabadas, proprias do sujeito cartesiano unificado e racional estão em crise; a ideia de identidades móveis e voláteis tem força para descontruir as escolas que estão engessadas em medidas ou mecanismos arbitrários de produção da identidade e da difernça.
Se o objetivo é desconstruir para flexibilizar os sistemas escolares, então temos de assumir uma posição contrária a perspectiva da identidade "normal", que justifica essa falsa uniformidade das turmas escolares. A diferença é, pois, o conceito que se impõe para que possamos defender uma escola e uma pedagogia flexíveis e acessíveis para todos. Embora haja problemas com a identidade e a diferença, no sentido de perceber de que lado estamos, dado que esse bipolarisomo lava-nos a muitas armadilhas, é preciso que se afirme a flexibilização ao previlegiarmos a diferença, quando a igualdade a esconde ou a nega.

Temos o direito a igualdade quando a diferença nos inferioriza, e direito à diferença, quando a igualdade nos descaracteriza.

Persistindo as mudanças exigidas por uma abertura incondicional às diferenças, as escolas têm-se esquivado dos desafios que levariam seus professores a rever e a recriar suas práticas, bem como a estender as novas possibilidades educativas trazidas pela inclusão. Esses desafios vêm sendo neutralizados por políticas e diretrizes educacionais, programas compensatórios de reforço, aceleração e escolas especiais, entre outras medidas. Falsas soluções para superá-los têm feito as escolas escaparem pela tangente e se livrarem do enfrentamento necessário para romper os fundamentos de sua organização pedagogica, de carater fechado e ultrapassado.
Oferecer aos novos educadores o conhecimento de que necessitam para proporcionar uma excelente educação aos alunos e tambem para ter paixão por oferecer oportunidades para esses aprendizes e poder fazer a diferença.

"SER" ÚNICO

Somos todos seres únicos e irrepetiveis, mas o modo como muitas escolas estão organizadas não permite dar resposta efetiva aos diferentes. E nos diferentes eu incluo os que, não tendo sinais exteriores de "deficiência", completam a escolaridade básica sem aproveitamento e vão engrossar as fileiras dos desqualificados. É indispensável alterar o modo de organização de muitas escolas e interrogar praticas educativas hegemônicas.
Será preciso reconfigurar as escolas para que se concretize uma efetiva diversificação das aprendizagens, que tenha por referência uma politica de direitos humanos, que garanta oportunidades educacionais e de realização pessoal para todos.
Convivemos com o "insucesso educativo" como se a expressão não fosse, em si mesma, paradoxal (como pode a palavra "educativo" ser adjetivo da palavra insucesso?) tratando os "desiguais" como se fossem iguais. Felizmente para os "desiguais" nem todas as escolas são "iguais".
Eu creio na remessão das escolas, porque creio no potencial transformador de seus professores, e acredito que a escola há de resgatar o seu papel de "berço de oportunidade". Acredito que, algum dia, os professores hão de compreender por que razão, para certos modos de ver, o céu pode ser vermelho.

TRABALHAR EM CONJUNTO



As escolas, juntamente com professores, alunos e moradores da comunidade, devem organizar suas conferências de educação. Levantar problemas, questões de ordem, angústia, ausências humanas, de infraestrutura ou mesmo de verbas e saberes.
Refletir, enfim sobre aquilo que limita ou permite que suas práticas educacionais sejam materializadas, deve-se entender que os pontos em que a atuação de todos é conjunta, procurar também levantar os grandes pontos de suas obrigações.
Com isso teremos efetiva ação para trasnformar os problemas em qualidade. A questão passa por uma revolução na formação proporcionada aos docentes, educandos e na melhoria das condições de trabalho, para que se possa tambem atrair os talentos.
Mas que tudo, talvez seja o momento de fazer o simples: dar condições a alunos e docentes para que trabalhem em conjunto crescente, com plena evolução do conhecer. Sem soluções milagreiras ou sem descontinuidade da moral e etica, tudo isto é uma receita que costuma infalívelmente dar certo.