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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Dificuldades de Aprendizagem

OURO FINO/ SETEMBRO-2010
INTRODUÇÃO
         A área da educação nem sempre é cercada somente por sucessos e aprovações, muitas vezes, no decorrer do ensino, nos deparamos com problemas que deixam os alunos paralisados diante do processo de aprendizagem, assim são rotulados pela própria família, professores e colegas.
            É importante que todos os envolvidos no processo educativo estejam atentos a essas dificuldades, observando se são momentâneas ou se persistem há algum tempo.
            As dificuldades podem advir de fatores orgânicos ou mesmo emocionais e é importante que sejam descobertas a fim de auxiliar o desenvolvimento do processo educativo, percebendo se são associadas à preguiça, cansaço, sono, tristeza, agitação, desordem, dentre outros, considerados fatores que também desmotivam o aprendizado.
            Por fatores intervenientes no processo ensino aprendizagem, queremos nos refletir àqueles que, de alguma forma e em algum nível, afetam: as possibilidades da construção e expressão dos conhecimentos. O desenvolvimento de condutas compatíveis com as esperadas em determinados estágios de vida; a conquista gradativa da autonomia e da criatividade; o processo de individuação do Eu cognoscente, segundo as possibilidades que lhe são inerentes de captar, decodificar, interpretar, armazenar e transformar informações e dados em conhecimentos, que possam vir a ser bases das ações e reações ao meio ambiente.
A dificuldade mais conhecida e que vem tendo grande repercussão na atualidade é a dislexia, porém, é necessário estarmos atento a outros sérios problemas: Dislalia, Disfemia ou Gagueira, Disortografia, Discalculia, Disgrafia e o TDAH (transtorno de Atenção e HIPERATIVIDADE).
            Apesar da amplitude dessa contextualização inicial, é muito comum, na educação escolar, que os chamados fatores intervenientes no processo de aprendizagem estejam associados aos chamados “problemas”, “dificuldades”, “distúrbios”, “déficits ou deficiências” no ato de aprender, fatores esses alocados no sujeito aprendente, como portador de uma “síndrome que precisa ser tratada”, com o encaminhamento a especialista de diferentes áreas. Nesse sentido, são comuns as queixas de professores sobre o contingente de crianças que, apesar dos seus esforços, não aprendem a ler, a ortografar, a escrever, a pensar e, principalmente, não sentem o tão decantado e esperado “prazer de aprender”.
            Muito se tem estudado e publicado sobre os chamados “Dificuldades de aprendizagem”, diante dos milhares de alunos identificados como “fracassados”, sem que, nestes estudos e pesquisas, para além das hipóteses e propostas apresentadas, tenha-se dado voz, tenha-se permitido ouvir as crianças em suas reais condições e necessidades. O número excessivo de pessoas que não consegue aprender, em todas as camadas sociais, faz com que repensemos o conceito de “dificuldades de aprendizagem”. As famílias apresentam relatos de pessoas normalmente desenvolvidas em outras esferas e dimensões da vida, mas que não aprendem quando colocadas em situação normal de escolaridade.
            Dificuldades de aprendizagem é um termo genérico que diz respeito a um grupo heterogêneo de desordens manifestadas por problemas significativos na aquisição e uso das capacidades de escuta, fala, leitura, escrita, raciocínio ou matemáticas. Estas dificuldades raramente têm uma única causa, supostamente têm base biológica (Lesão cerebral, alterações no desenvolvimento cerebral, desequilíbrios químicos, hereditariedade). Mas é o ambiente familiar, escola, comunidade que determina a gravidade do impacto da dificuldade.
Algumas Dificuldades de Aprendizagem
Dislalia
            A dislalia é um distúrbio da fala que se caracteriza pela dificuldade de articulação de palavras. A criança com dislalia pronuncia algumas palavras de forma incorreta, omitindo, trocando, distorcendo ou acrescentando fonemas ou sílabas às mesmas. Um exemplo é o caso da personagem Cebolinha, que confunde/troca o som R por L.
            A dislalia é o transtorno de linguagem mais comum, o mais conhecido e o mais fácil de identificar. A maioria dos casos de dislalia ocorre na primeira infância, entre os 3 e os 5 anos, quando a criança está a aprender a falar.
            As principais causas, nestas idades, poderão advir de fatores emocionais, como, por exemplo, ciúme de um irmão mais novo que nasceu separação dos pais ou convivência com pessoas que apresentam esse problema. A dislalia também pode interferir na aprendizagem da escrita da mesma forma que acontece com a fala.

Disfemia ou Gagueira
            É um distúrbio da linguagem em que o indivíduo repete sílabas, faz prolongamento ou pausas ao pronunciar as palavras.
            Cerca de 75% das crianças entre 2 e 4 anos de idade apresenta a Gagueira Fisiológica, o rápido fluxo de pensamento, geralmente associado à ansiedade para contar rápido algo importante que o impressionou ou que acabou de aprender, contribui para que a criança apresente dificuldades para produzir um ritmo regular e suave em sua fala, daí a importância de um trabalho preventivo com um fonoaudiólogo com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento da linguagem da criança e orientar aos pais como se comportar diante desse tipo de gagueira. A Gagueira Fisiológica ainda é Patológica, o trabalho de prevenção não deixará que a gagueira se desenvolva tornando-se uma Gagueira de Desenvolvimento.
            Quanto a Gagueira de Desenvolvimento, passada pela primeira infância, passa a ter outros sinais anormais como Comportamento Associados a Gagueira (Tiques), reações emocionais negativas, ansiedade, angústia, frases incompletas, abuso de sinônimos e tensão. Esses sinais anormais prejudicam a comunicação e conseqüentemente a relação e a qualidade de vida do indivíduo que apresenta a Gagueira de Desenvolvimento.
            O tratamento varia de acordo com a manifestação de cada indivíduo e costuma se ter um bom prognóstico para pacientes participativos e assíduos as terapias.

Disortografia
            A disortografia caracteriza-se por troca de fonemas na escrita, junção (aglutinação) ou separação indevida das palavras, confusão de sílabas, omissões de letras e inversões. Além disso, dificuldades em perceber as sinalizações gráficas como parágrafos, acentuação e pontuação.
            Considera-se que 90% das disortografias têm como causa um atraso de linguagem ou atraso global de desenvolvimento.

Discalculia
            Trata-se de um transtorno de aprendizagem da matemática e não de preguiça como pensam muitos pais e professores desinformados. O portador de discalculia comete diversos erros na solução de problemas verbais e escritos, nas habilidades de contagem, nas habilidades de medidas, tempo, na execução das operações e nos cálculos propriamente dito.
            Existem algumas causas que através da avaliação fonoaudióloga será diagnosticada entre elas: distúrbios de memória auditiva, distúrbios de leitura e percepção visual, vale lembrar que crianças com essa dificuldade não tratadas podem ter baixa auto-estima e comprometimento no rendimento escola.
Disgrafia
            Na escrita disgráfica observar-se traços pouco precisos e incontrolados. Há uma desorganização das letras, letras retocadas e “feias”. O espaço entre as linhas, palavras e letras são irregulares. Há uma desorganização do espaço ocupado na folha e pode-se referir à problemas de orientação espacial.
            Há falta de pressão com debilidade dos traços, ou traços demasiadamente forte o que causa cansaço e lentidão na hora da escrita. Alem disso, devido a letra ilegível há dificuldade de entendimento na hora da leitura por parte dos alunos e professores.
            Não se recomenda o uso de caderno de caligrafia, esse poderia sobrecarregar o punho podendo dar dores no braço indo até os ombros, é importante que se faça uma avaliação fonoaudiológica o quanto antes melhor, evitando-se assim o fracasso escolar.   

TDAH
            O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) se caracteriza por sinais repetitivos e claros de desatenção, inquietude e impulsividade, mesmo quando o paciente tenta não mostrá-lo. É responsável pela enorme frustração que pais e filhos portadores desse distúrbio experimentam a cada dia
            Crianças, adolescentes e adultos hoje diagnosticados com TDAH são freqüentemente rotuladas de “problemáticos”, “desmotivados”, “avoados”, “malcriados”, “indisciplinados”, “irresponsáveis” ou até mesmo “pouco inteligentes”. A maioria daquilo que lemos ou ouvimos sobre o assunto tem uma conotação negativa. Os portadores desse distúrbio são muito inteligentes e em alguns casos precisam do apoio de uma equipe multidisciplinar: neurologista, fonoaudiólogo, psicólogo.
            Este transtorno continua sendo conhecido, apesar dos estudos a respeito terem se intensificado nas últimas décadas e a prática ter mostrado que 3% a 5% das crianças em idade escolar podem ser incluídas nesse diagnóstico.
            Nas meninas, é mais comum a forma do TDAH em que predomina a desatenção: elas parecem tranqüilas e na sala de aula muitas vezes se mostram quietas, sem perturbar o ambiente como os meninos. No entanto, essa aparente calma esconde um pensamento que voa e se distrai com ele mesmo. A falta de aproveitamento escolar é refletida nas notas das avaliações e boletim.
            Já nos meninos é mais comum a forma de TDAH que une a hiperatividade com a impulsividade, podendo ou não ser acompanhadas da tendência à distração, o aparecimento das três formas juntas configura a forma mista de TDAH.
            As dificuldades em manter a atenção, a desorganização e a inquietude atrapalham bastante o rendimento dos estudos, geralmente o paciente com TDAH possui algumas habilidades rebaixadas como: competência comunicativa, nomeação e  memória de trabalho, na escola tem dificuldade para copiar do quadro, a produção textual é pobre e na leitura como está sempre a 1.000 por hora esquece na maioria das vezes de ler o título e detalhes importantes do texto e com isso acaba não entendendo o que leu, daí a importância do fonoaudiólogo para o tratamento do TDAH que pode estar na maioria das vezes associado à dislexia, disortografia ou até a discalculia
CONCLUSÕES FINAIS
            É um grande desafio identificar, diagnosticar e fazer as intervenções necessárias para que a aprendizagem do aluno seja satisfatória, para sua vida acadêmica e para sua auto-estima, é necessário atenção para não rotular, condenando um aluno para o resto de sua vida.  
            Ao educador, cabe apenas detectar as dificuldades de aprendizagem que aparecem em sua sala de aula, principalmente nas escolas mais carentes, e investigar as causas de forma ampla, que abranja os aspectos orgânicos, neurológicos, mentais, psicológicos, adicionados à problemática ambiental em que a criança vive. Essa postura facilita o encaminhamento da criança a um especialista que, ao tratar da deficiência, tem condições de orientar o professor a lidar com o aluno em salas normais ou, se considerar necessário, de indicar a sua transferência para salas especiais.
            As dificuldades de aprendizagem ainda são assunto pouco explorado nas escolas. O diagnóstico equivocado leva a encaminhamento para tratamentos desnecessários e à exclusão, tirando a oportunidade do aluno de superar suas dificuldades.
            É preciso levar o tema para dentro da escola, não como assunto pontual, mas numa discussão permanente, contemplando as diversas dimensões da vida do aluno, como mais um instrumento para seu desenvolvimento integral, visto que as dificuldades de aprendizagem não têm como causa apenas um fator.
Bibliografia

http://www.brasilescola.com/educacao/dificuldades-aprendizagem.htm
http://www.educação.brasilescola.com/
Revista Nova Escola, “Dislexia”, ano XV, nº 135, setembro 2000. pág. 24,25.
Revista Nova Escola, “Gagueira”, ano XX, nº 183, junho/julho 2005, pág. 39,39
Revista Nova Escola, “TDAH”, ano XXV, nº 231, abril 2010, pág. 80,81.

Gostaria também de citar a consulta de um livro que fala do assunto em questão,
Mas sem dados de sua origem.

 ==> Trabalho apresentado na Diciplina de Historia de Educação,
         Faculdade Asmec de Ouro Fino

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Filme: As Melhores Coisas do Mundo e o Real Mundo da Educação

A lacuna foi preenchida! Finalmente o Brasil pode bater no peito e se orgulhar de ter um filme sobre e para adolescentes. Um filme que não finge ser o que não é, que não muda a voz para parecer mais novo e nem falsifica a identidade para entrar onde não deve.
O Filme "As Melhores Coisas do Mundo" é um retrato fiel e muito atual dos adolescentes brasileiros, um filme dirigido com maturidade e escrito de maneira precisa e dinâmica.
Aborda todas as descobertas da fase mais gostosa e turbulenta da vida, que é a adolescência. Mostra-nos temas que são vivenciados em nossos contextos sociais e até mesmo em nossas vidas e com nossos amigos e familiares: a primeira relação sexual, separação dos pais, fim de namoro, diversão em baladas, a descoberta do amor, brigas com familia, desejo de morrer, o preconceito contra o homossexualismo, a paixão por um professorª, o envolvimento com drogas e álcool, solidão e depressão, fofocas e Cyberbullying e a participação em movimentos e a luta por igualdade e justiça, etc.
Relacionando este filme com o mundo educacional, pode-se colocar que a escola para o jovem é um território que acolhe tudo, é onde eles se sentem à vontade para exercitar suas vivências e convivências, sendo assim, podemos ainda disseminar que este adlescente esta incluído na era da tecnologia, tendo fácil acesso a internet, blogs, celulares e outros, mesmo que sejam usados para os motivos mais ridículos possíveis, quem convive com jovens sabe como eles são capazes de praticar pequenas e grandes perversões.
Nas escolas, está se tornando bastante comum a prática do Bullying, ou abuso e assédio físico e moral de estudantes por outros estudantes, o que já chegou a ser tolerado, como rito de passagem até pelos próprios educadores no passado. Hoje, felizmente, é compreendido como negativo e considerado inaceitável numa sociedade civilizada.
O Bullying foi retratado no filme, através de uma overdose de tecnologia, agora na internet e no celular, mensagens com imagens e comentários depreciativos se alastram rapidamente e torna o bullying ainda mais perverso, mais recentemente, a tecnologia deu nova cara ao problema, o Cyberbullying, usando o espaço virtual que é ilimitado, o poder de agressão se amplia e a vítima se sente acuada mesmo fora da escola, pois na comparação com o bullying, bastava sair da escola e estar com os amigos de verdade para se sentir seguro.
A escola precisa encarar com seriedade as agressões entre os alunos, o cyberbullying não pode ser visto como uma brincadeira de criança, a busca pela solução ou pela prevenção inclui reunir todos - equipe pedagógica, pais e alunos que estão ou não envolvidos diretamente, e garantir que tomem consciência de que existe um problema e não pode ficar omisso.
Mesmo dentro do ambiente escolar, o jovem esta envolvido em movimentos e transformações que são vividos e trazidos de casa, e isto irá ter grande influência no seu aprendizado. A internet é palco global de encontros, conhecimentos e relações, mas não tira o papel da escola na formação e educação do adolescente, pelo contrário, com o advento da comunicação via MSN, Orkut e outras formas virtuais, o papel dessa referência se aprofunda, porque, na escola as relações são "concretas", face a face. É nesse ambiente que o jovem aprende a se virar de verdade para resolver problemas com independência, checando e ampliando o conhecimento, construir padrões de desenvolvimento pessoal, ouvindo, cedendo, participando, cooperando, negociando, respeitando. Aprende a ser solidário e consciente de seus direitos, deveres e responsabilidades. Em outras palavras: ganha a chance de tornar-se um cidadão do futuro.

                                                                                           Lu Rosa, Resenha apresentada na ASMEC
                                                                                                             novembro/2010

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

TECNOLOGIA PARA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE

          Em primeiro lugar, é bom lembrar que fazer educação, é fazer escolhas, fazer opções: educar é, pela própria natureza, uma seleção de valores e conhecimentos guiado por descobertas para alcançarmos criadores de mundo.
         O educador não pode se negar a presença da tecnologia em nosso tempo, isso deve se constituir de base para conciliar três ingredientes essenciais a metodologia de ensino: curiosidade, criatividade e saberes.
         Os saberes são os conteúdos em si, a curiosidade é a forma de despertar a criatividade. Devemos proporcionar aos educandos, oportunidades de experimentar várias metodologias de ensino, toda e qualquer forma de metodologia se torna eficaz, quando acrescenta algo a compreensão, representando ao educando reflexão sobre o conhecimento e desenvolvimento de sua criatividade.
        O educador deve despertar para uma pedagogia que insira no seu momento de mediador do conhecimento de aprender a: ouvir, praticar, guardar, criar e ensinar.

Lu Rosa

terça-feira, 20 de julho de 2010

Diferenças

A escola flexível e a pedagogia das diferenças.....

É preciso coragem e humildade para rever a organização pedagogia das escolas e abandonar os arranjos criados para manter as aparências de práticas que são "bem intecionadas", mas que acabam por atribuir apenas ao aluno a responsabilidade por seu fracasso.
Aprender sobre como oferecer apoio ao comportamento na escola em geral para que o ambiente de aprendizagem seja o mais favorável possível.
Não há como negar que vivemos o tempo das diferenças e que a globalização, mais do que uniformizar, tem contestado identidades fixas, essencializadas, que dão estabilidade às constituições e ao mundo social. A mistura, a hibridação, a mestiçagem provocam e questionam essas fixações, constituindo uma força transgressora que pode mudar o jogo.
Identidades estáveis, acabadas, proprias do sujeito cartesiano unificado e racional estão em crise; a ideia de identidades móveis e voláteis tem força para descontruir as escolas que estão engessadas em medidas ou mecanismos arbitrários de produção da identidade e da difernça.
Se o objetivo é desconstruir para flexibilizar os sistemas escolares, então temos de assumir uma posição contrária a perspectiva da identidade "normal", que justifica essa falsa uniformidade das turmas escolares. A diferença é, pois, o conceito que se impõe para que possamos defender uma escola e uma pedagogia flexíveis e acessíveis para todos. Embora haja problemas com a identidade e a diferença, no sentido de perceber de que lado estamos, dado que esse bipolarisomo lava-nos a muitas armadilhas, é preciso que se afirme a flexibilização ao previlegiarmos a diferença, quando a igualdade a esconde ou a nega.

Temos o direito a igualdade quando a diferença nos inferioriza, e direito à diferença, quando a igualdade nos descaracteriza.

Persistindo as mudanças exigidas por uma abertura incondicional às diferenças, as escolas têm-se esquivado dos desafios que levariam seus professores a rever e a recriar suas práticas, bem como a estender as novas possibilidades educativas trazidas pela inclusão. Esses desafios vêm sendo neutralizados por políticas e diretrizes educacionais, programas compensatórios de reforço, aceleração e escolas especiais, entre outras medidas. Falsas soluções para superá-los têm feito as escolas escaparem pela tangente e se livrarem do enfrentamento necessário para romper os fundamentos de sua organização pedagogica, de carater fechado e ultrapassado.
Oferecer aos novos educadores o conhecimento de que necessitam para proporcionar uma excelente educação aos alunos e tambem para ter paixão por oferecer oportunidades para esses aprendizes e poder fazer a diferença.

"SER" ÚNICO

Somos todos seres únicos e irrepetiveis, mas o modo como muitas escolas estão organizadas não permite dar resposta efetiva aos diferentes. E nos diferentes eu incluo os que, não tendo sinais exteriores de "deficiência", completam a escolaridade básica sem aproveitamento e vão engrossar as fileiras dos desqualificados. É indispensável alterar o modo de organização de muitas escolas e interrogar praticas educativas hegemônicas.
Será preciso reconfigurar as escolas para que se concretize uma efetiva diversificação das aprendizagens, que tenha por referência uma politica de direitos humanos, que garanta oportunidades educacionais e de realização pessoal para todos.
Convivemos com o "insucesso educativo" como se a expressão não fosse, em si mesma, paradoxal (como pode a palavra "educativo" ser adjetivo da palavra insucesso?) tratando os "desiguais" como se fossem iguais. Felizmente para os "desiguais" nem todas as escolas são "iguais".
Eu creio na remessão das escolas, porque creio no potencial transformador de seus professores, e acredito que a escola há de resgatar o seu papel de "berço de oportunidade". Acredito que, algum dia, os professores hão de compreender por que razão, para certos modos de ver, o céu pode ser vermelho.

TRABALHAR EM CONJUNTO



As escolas, juntamente com professores, alunos e moradores da comunidade, devem organizar suas conferências de educação. Levantar problemas, questões de ordem, angústia, ausências humanas, de infraestrutura ou mesmo de verbas e saberes.
Refletir, enfim sobre aquilo que limita ou permite que suas práticas educacionais sejam materializadas, deve-se entender que os pontos em que a atuação de todos é conjunta, procurar também levantar os grandes pontos de suas obrigações.
Com isso teremos efetiva ação para trasnformar os problemas em qualidade. A questão passa por uma revolução na formação proporcionada aos docentes, educandos e na melhoria das condições de trabalho, para que se possa tambem atrair os talentos.
Mas que tudo, talvez seja o momento de fazer o simples: dar condições a alunos e docentes para que trabalhem em conjunto crescente, com plena evolução do conhecer. Sem soluções milagreiras ou sem descontinuidade da moral e etica, tudo isto é uma receita que costuma infalívelmente dar certo.