Queridos amigos,
Neste final de semana, conclui a leitura de um livro, e como de hábito de quem lê, me vi desolada, pois, quando terminamos um livro, fica um vazio na alma. E com muita surpresa escutei meu filho Lucas de 16 anos, dizendo: É assim mesmo, a gente fica triste quando termina a leitura de um livro.
Sim, surpresa, mas feliz, pois consegui inserir na vida de meus filhos o hábito da leitura, e com isso, eles estão se tornando cidadãos com ideologia, ética e liberdade dentro da educação.
Com isso, penso que a educação deve estar ligada ao ato de ideologia, ética e liberdade, pois educar está inserido na transferência de conhecimento e espírito critico, unindo a prática e a teoria com uma política educacional condizente com os interesses do povo.
Não podemos imaginar que possamos conquistar o desenvolvimento sem preparar adequadamente o individuo para o mundo, sendo que, as informações em todas as áreas do conhecimento humano são pela leitura.
Através da leitura podemos desenvolver o raciocínio, o senso crítico e o conhecimento de base da palavra mundo.
Não desvalorizando qualquer veiculo de leitura, podemos destacar honrarias aos livros, que demandam anos de pesquisas por profissionais, intelectuais, escritores e cientistas, contendo informações.
Sem a leitura como cultura básica, os indivíduos também não são estimulados a leitura de jornais e revistas, que também se constituem em fonte imprescindíveis de informação e formação, Bill Gates afirmou – “Meus filhos terão computadores sim, mas antes terão livros”.
O aprendizado da leitura esta presente em todas as fases da vida, iniciando na infância, quando se tem a primeira percepção de mundo, que segue através da leitura da palavra propriamente dita.
Estamos vivendo na sociedade um momento de reflexão de um debate que se funda no confronto entre duas realidades distintas, o que é educação? Qual a educação dentro dos limites impostos as pessoas não alfabetizadas no mundo da escrita, do saber que não vem da escolarização, quem detém o poder de dizer o que é educação e dizendo que assim ela o seja dentre outras questões o real valor do homem.
Todo esse debate retrata e deixa claro que, a educação não fundamentada no diálogo é como uma sessão de propaganda. Para ser diferente é preciso que haja troca de experiências, que não haja o silêncio obediente dos alunos e o monólogo dos professores, para que se concretize o diálogo.
No entanto, nas escolas ainda não vigora essa prática. A submissão dos alunos alimenta a prepotência e o colonialismo cultural dos professores.
Segundo Paulo Freire, a palavra deve integrar dois elementos: a reflexão e a ação. Que a palavra é de praxe, quando incorpora em si uma reflexão de transformação do mundo, nisto se distingue a palavra da falácia, do discurso solitário a frente da sala.
Não é pensar sobre o povo, ou para o povo, é preciso pensar como o povo, aprender com ele, para que se materialize a reflexão – ação, pois uma transformação pedagógica e social será sempre fruto de uma ação conjunta de educadores – família – sociedade.
Com tudo isso, podemos afirmar que, a alfabetização supõe uma compreensão da leitura da palavra escrita e da leitura de mundo, ou seja, uma ampla compreensão, pois, já não se considera alfabetizado aquele que apenas declara saber ler e escrever genericamente, mas aquele que sabe usar a leitura para exercer uma prática social em que escrita é necessário.
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