Somos todos seres únicos e irrepetiveis, mas o modo como muitas escolas estão organizadas não permite dar resposta efetiva aos diferentes. E nos diferentes eu incluo os que, não tendo sinais exteriores de "deficiência", completam a escolaridade básica sem aproveitamento e vão engrossar as fileiras dos desqualificados. É indispensável alterar o modo de organização de muitas escolas e interrogar praticas educativas hegemônicas.
Será preciso reconfigurar as escolas para que se concretize uma efetiva diversificação das aprendizagens, que tenha por referência uma politica de direitos humanos, que garanta oportunidades educacionais e de realização pessoal para todos.
Convivemos com o "insucesso educativo" como se a expressão não fosse, em si mesma, paradoxal (como pode a palavra "educativo" ser adjetivo da palavra insucesso?) tratando os "desiguais" como se fossem iguais. Felizmente para os "desiguais" nem todas as escolas são "iguais".
Eu creio na remessão das escolas, porque creio no potencial transformador de seus professores, e acredito que a escola há de resgatar o seu papel de "berço de oportunidade". Acredito que, algum dia, os professores hão de compreender por que razão, para certos modos de ver, o céu pode ser vermelho.
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